sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A Arte e os seus múltiplos caminhos – na Galeria do Casino Estoril

            Encerrará a 10 de Janeiro a exposição inaugurada, com grande afluência de público, no passado dia 25 de Novembro, na Galeria de Arte do Casino Estoril.
            Foi o XXXI Salão de Outono, este ano voltado para o pequeno formato, porque, na verdade, os grandes quadros, hoje, há pouco espaço para eles e sempre é um gosto ver como o artista, em reduzida tela, tanto nos pode transmitir de emoções.
            31 anos constitui, na verdade, o consagrar de uma aventura que tem dado os seus frutos e que se notabiliza por essa provecta idade. Sim, para uma iniciativa deste género 31 anos são bem reveladores de uma enorme tenacidade e de intenso amor à causa.
            E são muitos os caminhos que ali se mostram, em liberdade plena, fiéis a esta ou àquela escola ou a escola nenhuma, quando o artista pega na espátula ou no pincel e deixa as suas mãos serem veículo projectante daquilo que lhe vai na alma e mui generosamente connosco quer partilhar.
            Vieram alguns quadros da colecção da própria galeria. Outros, novos são. Regalamo-nos com as sempre sugestivas aguarelas de Paulo Ossião (um mimo, aquela chávena pensativa!...); as linhas simbólicas de Edgardo Xavier; o geometrismo colorido de Denis Cavalcanti; o denso tríptico de Filipa Oliveira Antunes, a dar-nos a sua visão do rico cromatismo que se desprende da alcantilada costa de S. João do Estoril, com as vivendas penduradas lá no alto; o desregrado surrealismo de Eduardo Eloy; as grandes superfícies de Mário Vinte e Um…
            XXXI Salão, 31 artistas!
            Valem as obras de arte, é verdade; mas o que vai perdurar como memória é o magnífico catálogo, em volumoso papel couché, com a tradicional abertura de Nuno Lima de Carvalho, a reprodução, com suas cores, de uma obra de cada artista participante e, de cada, cerca de uma dezena de linhas a contar o que, do respectivo currículo, se revelou mais singular. Parabéns ao Pedro Lima de Carvalho, que tudo coordenou, e à NVV – Novos Suportes Publicitários, Lda., pelo design gráfico e mui impecável impressão.

            Claro, escusado é dizer: para os amantes da Arte, exposição a… saborear!

                                                                       José d’Encarnação
 
O desregrado surrealismo de Euardo Eloy
A arriba da Praia da Poça - por Filipa Oliveira Antunes

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