sábado, 20 de junho de 2015

Venham mais cem!

            Terminaram oficialmente as comemorações do 1º centenário da elevação de S. Brás de Alportel a concelho. E já podemos falar em , porque iniciámos o segundo.
            Aliás, isso mesmo ficou mui judiciosamente perpetuado no monumento, porque nele se deixou deitado o 2 e, sob ele, na «cápsula do tempo», os nossos votos para os cem anos por vir.
            Subimos a escada, degrau a degrau; deixámo-la, porém, encostada ao 100, em jeito de lhe solicitar apoio. Sem dúvida que se criaram bem sólidos alicerces, iniciativas imitáveis se lograram terminar – e serão esses testemunhos de secular experiência adquirida que aos vindouros quisemos legar.
            Cometeram-se erros? – Corrigir-se-ão. Houve sonhos que ficaram por cumprir? – Tempo haverá agora para melhor os concretizar!
            Essa – a lição do monumento – a primeira ideia que, de imediato, me assaltou quando passei em relance (e, confesso, já muitas vezes o tenho feito, com orgulho), o que foram as comemorações e, de modo especial, os três memoráveis dias da sua coroação.
            A segunda lição não é, porém, em nada inferior à primeira: o elevado exemplo que demos de cidadania e de mui calorosa comunidade. Voltou-se a 1914, não num sentimentalismo balofo, mas num dar as mãos a quantos, há um século, são-brasenses como nós, vibraram com a vitória da autonomia. E foi ímpar, foi exemplar, foi único: novos e velhos, são-brasenses de nascimento e de adopção, portugueses e membros da colónia estrangeira aqui radicada, todos vieram para a rua, de rasgado sorriso no rosto, numa celebração – aqui estamos!...
            Terão sido mui raros os que a tal poderão ter ficado indiferentes. E, pessoalmente, agradou-me muito ouvir da boca do presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, quanto, surpreendido, o maravilhara o sentimento de comunidade que desta forma se lograra cimentar e que ele bem o sentira presente.
            Venham, pois, mais cem! A calcorrear uma senda em que diariamente todos logremos continuar a dar as mãos em prol do vizinho. E que essa palavra «vizinho», com o seu profundo sentido de proximidade activa, seja companhia permanente no nosso caminhar!

                                                                      José d’Encarnação

Publicado em Noticias de S. Braz [S. Brás de Alportel], nº 223, 20-06-2015, p. 2 [editorial].
                                                                           
Beleza e eficiência no pronto-socorro!...

A senhora vai viajar...
A caixa de música...

Amola-tesouras
 
Casal rico preocupado


Beldades d'outrora e... de sempre!
O monumento!
 

Sem comentários:

Enviar um comentário