terça-feira, 23 de abril de 2013

Projectos, sim, mas… acompanhados!

            Em muitos campos S. Brás de Alportel tem dado cartas, quer pelo carácter inovador dos projectos a que lança mão, quer, de modo especial, pelo empenho posto em lhes dar acompanhamento, a fim de lograrem, de facto, os objectivos em vista.
            Vem esta reflexão a propósito de uma notícia que li, já lá vão bastantes meses, acerca da Quinta de Marim, que fica na freguesia de Quelfes, Olhão, em pleno Parque Natural da Ria Formosa. Dizia-se aí que se projectava para o local um centro de observação da Natureza, dada a riqueza e variedade de espécies tanto vegetais como animais ali existentes; a intenção era, aliás, também a de recuperar aves selvagens e, até, o bem conhecido cão de água, genuinamente português.
            Rejubilei, porque, na verdade, tudo o que sirva para preservar a biodiversidade e, por outro lado, para levar os seres humanos a melhor usufruírem dos dons da Natureza me merece o maior apoio.
            Não se pense, porém, que só agora o Homem se interessou por esta quinta! Procede daí mais de uma dezena de bonitos epitáfios romanos, a recordar que, há 2000 anos atrás, nela prosperaram várias famílias, de que falam também os não despiciendos vestígios arqueológicos.
            Por conseguinte, faça-se o centro virado para as actividades de Natureza; não se abandone, porém, a ideia de reabilitar igualmente esse eloquente testemunho do passado!
            E, sobretudo, pense-se que não basta fazer: urge dar seguimento! A Comunicação Social tem mostrado grandes projectos megalómanos, em que se enterraram milhões e que estão, hoje, no mais completo abandono!
            Idealize-se, sim, mas com os pés bem assentes na terra!

Publicado em Noticias de S. Braz, nº 197, 20-04-2013, p. 21.

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