segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Duas mortes que entristecem Cascais

Maria Helena Torrado
            Faleceu a escritora Maria Helena Torrado, que, com Ricardo Carriço, criara o Espaço Confluência, que esteve sediado na Cidadela de Cascais e ora tinha uma salinha de espectáculos na Rua Freitas Reis em Cascais. Um espaço de acolhimento, onde se levavam à cena peças, se faziam saraus, se acolhiam quantos quisessem dedicar-se às letras e às artes… Ainda em Junho, com a colaboração da Junta de Freguesia, aí se representara a peça musical infantil bem divertida, «Mãe-Natureza», de sua autoria, e sobre a qual tivemos oportunidade de escrever:
            «A pretexto de se identificarem os animais e os seus hábitos, acaba-se, de uma forma singela, por incutir nas crianças não apenas o respeito pela Natureza na sua biodiversidade mas também por as incentivar a melhor observarem o meio que as rodeia. Tudo se passa como que numa floresta, em que, sob a direcção da Mãe Natureza, se retrata a vida de uma grande quantidade de animais – chega a haver quase duas dezenas em palco!...».
Maria Helena Torrado deixa, para além da sua obra literária, o exemplo da mulher lutadora em prol da Cultura, mormente da Poesia, do Teatro e da Música.

Rui Libório
A outra perda a lamentar é a de Rui Libório, presidente do Conselho de Administração da EMAC – Empresa Municipal de Ambiente de Cascais, de apenas 44 anos (nascera a 27-9-1968). Deixou-nos esta manhã.
Era, sem dúvida, o Dr. Rui Libório a alma da empresa, a cujos destinos presidia desde 2007 e que geria com rigor, sim, mas com grande afabilidade, demonstrando sempre uma disponibilidade enorme para solucionar os problemas que se lhe apresentavam. Lê-se no comunicado do Conselho de Administração que anuncia o seu passamento:
«Com responsabilidades diretas na sua constituição e condução, foi graças à sua energia, empenho e vontade que surgiu a obra que tanto nos orgulha e que tem merecido pleno reconhecimento por parte do Município. Mas mais do que a obra, há o exemplo do Homem competente, leal, frontal e de extrema sensibilidade humana.
Se a obra temos de continuar, o exemplo procuraremos seguir, para melhor servir quem em nós confia.»
            Que ambos descansem em paz! Gratos lhes ficamos pelo excelente testemunho que, cada um no seu campo, nos legaram!

Publicado em Jornal de Cascais, nº 326, 21.11.2012, p. 6.

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